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SESI Itapetininga recebe exposição itinerária “Reflexos do Inimaginável: Através do vidro tudo acontece”

Da Artista Debora Muszkat, a exposição traz obras lúdicas criadas a partir de vidro reutilizado

 Por: Comunicação Regional Sesi
13/03/202517:35- atualizado às 17:36 em 13/03/2025

A exposição “Reflexos do Inimaginável: Através do vidro tudo acontece”, da artista Debora Muszkat, chega ao SESI Itapetininga na sexta-feira, dia 28 de março. As obras são feitas a partir de vidro reutilizado sugerindo temas extremamente atuais, como a preservação do meio ambiente, reciclagem, sustentabilidade, economia circular, fortalecimento e respeito à cultura popular e ao folclore. A coordenação e produção são da Doppio Cultural. A abertura da exposição acontecerá na quinta-feira (27/03), às 19h30 e, no dia 28, já estará aberto para visitação.

Artista plástica e arte-educadora, Debora se expressa por diversas técnicas artísticas. Ao longo de sua trajetória, a paulistana que hoje vive entre a Dinamarca e o Brasil, escolheu o vidro como principal matéria de trabalho, acumulando mais de 32 anos de experiência e pesquisa em arte vítrea. Ativista, ela desenvolveu e coordenou diversos projetos de arte-educação para população de baixa renda, artistas de rua, jovens de abrigo e idosos em parceria com várias instituições.

Ao lado da paixão pelo vidro, a reciclagem é outro tema que move seu trabalho, com todas as suas obras executadas com vidro descartado e já expostas em importantes museus de todo o Brasil e em várias bienais na Europa. Criou o Instituto Debora Muszkat que traz a público um espaço físico transformado desde 2011 em uma grande instalação vítrea. O Instituto leva adiante ações desenvolvidas e baseadas em três pilares: Arte, Educação e Sustentabilidade.

Segundo Diego Mauro, curador da exposição, “Reflexos do Inimaginável: através do vidro” oferece uma imersão na produção de Debora Muszkat, que se vale do reaproveitamento criativo – ou upcycling – como recurso poético e de conscientização. O upcycling, mais do que simples reciclagem, reverte os objetos descartados em algo único, a partir do momento em que os transforma e ressignifica, mas preserva sua memória na nova composição.

“Ao transformar materiais rejeitados em inovações de plantas, sementes, peixes, pássaros e escamas, Debora simula uma espécie de segunda natureza vítrea, a um só tempo rígida, fria, dura, cortante, mas também brilhante, transparente e fluida, que desafia o visitante a lidar com as mesclas, entre o meio ambiente e o engenho humano em escala global. A exposição explicita o paradoxo de um país que se orgulha de seus biomas e biodiversidade abundantes, mas que é igualmente marcado pelo abuso de recursos naturais, por contaminações de rios e mares, por taxas de reciclagem inexpressivas e pela destinação indevida e insuficiente de seus resíduos sólidos”, ele revela.

Mauro conta ainda que a mostra é composta por três instalações que instauram uma ambiência introspectiva e contemplativa: Em “Floresta de Vidro”, vidros, espelhos recortados e pigmentos compõem painéis que recriam uma selva preservada e animada pelos fragmentos de reflexo presentes na exposição, ao mesmo tempo que ameaçada pela falta de consciência humana. Já em “Lago de Vidro com Pássaros”, cacos de vidro no chão reproduzem reflexos de espelho d’água, enquanto pássaros de vidro pousam sobre a superfície, em uma tênue relação de uma paisagem em constante e frágil movimento. A terceira instalação, “Boitatá”, batizada como a figura mítica guardiã das matas, ganha vida em uma serpente de vidro composta por garrafas que ganham novos contornos ao serem submetidas a altas temperaturas em fornos.

“Por fim, a exposição pode ser lida como uma inversão do escambo colonial, por meio do qual os indígenas trocavam pau-brasil por espelhos e bugigangas de brilho efêmero trazidas pelos europeus. Em um gesto crítico, Debora reverte essa lógica ao transformar resíduos descartados em algo precioso, repensando os intercâmbios assimétricos nas esferas ambiental, econômica e social. Superfícies vítreas e reflexivas são um convite à transformação e renovação, a fim de que o público reelabore suas próprias práticas e possa fabular mudanças individuais e em sociedade”, finaliza o curador.

 

 

Foto: Divulgação

 

Serviço:

Reflexos do Inimaginável

Artista: Debora Muszkat

Curador: Diego Mauro

De 28 março a 01 Junho 2025

Terça (somente agendamento)

Quarta a sábado, das 9h às 20h

Domingos e feriados, das 13h às 19h

Agendamentos:  cacitapetininga@sesisp.org.br

 

FOYER DO TEATRO DO SESI ITAPETININGA

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Tel: (15) 3275-7920

itapetininga.sesisp.org.br

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